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quarta-feira, julho 20

A COR DO RACISMO

O que teria levado Hitler a declarar: “... o extermínio dos judeus será minha prioridade ao assumir o poder...”?

Qual a razão de nações inteiras optarem pelo uso de escravos africanos?

Por que um movimento optaria por lemas como “Brasil para brasileiros sem a presença de estrangeiros”?

O racismo é antigo, tão antigo quanto o pecado do homem. Você já parou para pensar quantas barbaridades não se cometeram em nome do preconceito racial?!


O que é Racismo?

Em toscas palavras, o racismo assim pode ser conceituado: é o ato de colocar uma pessoa em situação de inferioridade, subjugada, por causa de sua cor de pele ou etnia, em detrimento de outra que, por causa de sua situação racial, se autodenomina de “raça superior”.

Embora alguns usem o binômio: racismo e preconceito de modo intercambiável, os estudiosos, contudo, costumam fazer diferença entre eles. É que o racismo sempre será acompanhado de alta dose de preconceito, mas nem sempre preconceito quer dizer racismo. As manifestações preconceituosas podem envolver muito mais que raça.

De um enfoque histórico esta questão definitivamente não se restringe apenas a área da sociologia, mas se estende a quase todos os campos de estudos humanos. Indo da religião à psicanálise. Trata-se do preconceito racial que sem dúvida é um dos grandes pivôs que dá cor à violência em nosso cotidiano.

A temática é uma questão candente do nosso tempo, está na ordem do dia. Muito embora, tenha sido negligenciada por tanto tempo, parece que agora as autoridades internacionais acordaram para o assunto. Em 2001 foi realizada pela ONU a III Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Formas Conexas de Intolerância, em Durban, na África do Sul. Um dos objetivos era formar uma nova visão mundial no combate ao racismo, ao preconceito e a intolerância.

“A discriminação entre seres humanos com base em raça, cor ou origem étnica é uma ofensa à dignidade humana e será condenada como uma negação dos princípios da Carta das Nações Unidas, como uma violação dos direitos humanos e liberdades fundamentais proclamadas na Declaração Universal de Direitos Humanos, como um obstáculo para relações amigáveis e pacíficas entre as nações, e como um fato capaz de perturbar a paz e a segurança entre os povos.” (1)

Racismo no contexto brasileiro

Devido à espantosa miscigenação racial existente em nosso país, que o coloca em uma situação impar no mundo, criou-se um estereotipo de nação-paraíso das etnias. Na opinião de muitos, a tolerância racial aqui é vista como em nenhum outro país do mundo.

Não obstante essa visão mítica de “igualdade de raça”, o contexto histórico brasileiro apresenta uma outra realidade. Não se pode negar que o racismo faz parte do cotidiano de muitos brasileiros. Ora, qual de nós nunca foi vítima desta prática horrenda? Segundo o ex-diretor e assessor jurídico do Instituto de Pesquisa e Culturas Negras, Dr. Luiz Fernando Martins da Silva, “O Brasil possui a maior população negra fora da África. É a segunda maior população negra do mundo, só inferior numericamente à população do mais populoso país africano, a Nigéria.”. Também a pesquisadora paulista Elza Berqui afirma que a miscigenação brasileira atingiu os 21% em comparação com os EUA que ficou em torno de 4%.

Apesar da grande parcela da população ser de origem negra, cuja pujança não se pode negar no contexto histórico de nosso país, não é raro encontrarmos cada vez mais brasileiros sendo vítimas do preconceito racial.

Frases como “negão” e piadas de “preto”, já fazem parte, como diria Jung, do inconsciente coletivo brasileiro.

Por exemplo, um artigo do jornal “O Estado de S. Paulo” de 24/09/96 - pag. A16 que trazia como subtítulo a seguinte frase “Ex-funcionário alega ter sido demitido da Eletrosul, em Santa Catarina, por ser negro.” é um exemplo típico do que estamos falando. Este episódio é vivido diuturnamente e anonimamente por milhares e até milhões de pessoas, no chamado país da “tolerância”.

Mas quem pensa que a intolerância racial se restringe apenas à raça negra está enganado, quem não se lembra do caso em que um grupo de jovens ateou fogo num índio em Brasília?! O preconceito alargou suas fronteiras, de seu alvo principal - a cor da pele - atingiu a camada social, a religiosidade e a nacionalidade. O pobre, o judeu, o índio, o protestante é tão vítima da discriminação quanto é o negro. Isto porque o ser humano tende a ter medo de tudo que é diferente, e essa xenofobia contribui para levar à rejeição e por fim à resistência à realidade da qual não se está habituado e nem pretende compartilhar.

Ao analisarmos o boom do racismo é quase imperiosa a menção a algumas entidades como a Ku Klux Klan e grupos como os Skinheads que se tornaram notórios pela sua apologia ao racismo que na defesa de uma nefanda ideologia de supremacia racial deixaram e ainda deixam as marcas de suas atrocidades.


A Ku Klux Klan

Em 1866, no Estado do Tennessee, surge uma das mais monstruosas instituições racistas que a sociedade norte americana já conheceu – a Ku Klux Klan - formada por ex-soldados do sul do país que serviram na guerra contra a abolição. O grupo que já chegou a ter 4 milhões de filiados, deixou por vários anos um rastro de terror e assassinatos que até hoje não foi esquecido e indubitavelmente se tornou uma mancha na história da nação que é considerada a “terra da liberdade”. Com os rostos e corpos cobertos por lençóis brancos costumavam queimar cruzes na frente da casa das pessoas que queriam intimidar, principalmente de raça negra. Suas primeiras ações eram voltadas ao combate ao voto dos negros. Depois a intolerância se alargou para outros grupos minoritários tais como os judeus, hispânicos, simpatizantes dos direitos civis e outros. Mas não pense que a Klan foi algo sui generis, não, na verdade grupos menos conhecidos de discriminação racial afloravam na época como a Irmandade Branca (White Brotherhood), os Homens da Justiça (Men of Justice), os Guardiões da União Constitucional (Constitutional Union Guards) e os Cavaleiros da Camélia Branca (Knights of White Camelia). Pasmem! O movimento até hoje sobrevive e possui até site na Internet.


Os Skinheads *

Os Skinheads, também conhecidos por “carecas” são notadamente mais recentes que a Ku Klux Klan. Contudo, não menos violentos. São grupos de jovens nacionalistas. Apesar de muitos classificá-los como nazistas, na verdade apenas um grupo no Brasil se identifica com o nazismo – os White Powers (Força Branca) - o mais radical de todos eles. Existem várias facções diferentes dentro do movimento cada qual com ideologias próprias, “por exemplo, enquanto os White Powers pregam contra os nordestinos, homossexuais, judeus e negros, os carecas do ABC só se opõe aos homossexuais e estrangeiros”, explica Rosan Roberto da Silva, que foi um dos primeiros integrantes dos carecas do ABC, hoje convertido ao Evangelho. Já o sociólogo Sérgio Vinícius de Lima Grande, autor da dissertação de mestrado Violência Urbana & Juventude em SP, acredita que esta facção apesar de apoiar o anti-semitismo e o preconceito contra os homossexuais, “não é a favor da discriminação racial”. Todavia, se nessa diversidade há algo que os une é sem dúvida a violência e o preconceito, seja de uma forma ou de outra. Esse espírito nacionalista tem levado muitos destes jovens a cometerem terríveis atrocidades em nome dessa ideologia. Um caso que chocou o Brasil foi a morte do adestrador de cães e homossexual Edson Neri da Silva, de 35 anos. Ele foi espancado até a morte por Skinheads na Praça da Republica em São Paulo. “Estes jovens praticam violência por nada, não existe uma razão, a violência está no centro do movimento”, conclui Rosan.


A Internet como meio de divulgação do racismo

A internet tem sido um dos meios mais eficazes para esses grupos disseminarem suas propagandas racistas. Sites de grupos extremistas polulam na rede mundial de computadores. Segundo o Southern Poverty Law Center, em Alabama, o número de grupos racistas americanos havia crescido de 1997 a 1999, 30%, hoje já chegam a quase 600 só nos EUA. “São nada menos que duas mil páginas divulgando receitas para eliminar qualquer pessoa que não seja da raça branca. Em abril de 1995, quando aconteceu em Oklahoma um dos maiores atentados terrorista da história americana, havia apenas uma página na rede”. Wade Handerson, diretor-executivo da Leadership Conference on Civil Rights — a maior entidade americana de direitos humanos dos EUA e que agrupa 185 entidades aposta em combater este tipo de crime usando a mesma arma dos racistas: "Não temos como censurar a Internet. Uma solução é divulgar idéias de cidadania", afirma. Algumas entidades chegam até a oferecer serviços de bloqueios de sites racistas como é o caso da Anti Defamation League (ADL).


Três Questões insuperáveis para os racistas

Primeiro, a Bíblia declara veementemente que não há diferença, inclusive, até proíbe que se faça acepção (discriminação) de pessoas:


“Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo por isso condenados pela lei como transgressores.” (Tiago 2:9)


As escrituras Sagradas não é menos enfática ao igualar toda a humanidade debaixo de uma só condição espiritual visto sob dois enfoques antagônicos: todos somos criados a imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1.26), este é o lado positivo e; “todos os homens pecaram” (Romanos 3.23), este é o lado negativo da condição espiritual. Se as divisões antropológicas sugeridas estiverem corretas, isto é, as raças caucasóide ("branca"), negróide ("negra") e mongolóide ("amarela"), não importa, todas elas perante Deus são iguais. Por isso, Paulo, inspirado pelo Espírito Santo afirma que "... de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra"(Atos 17:26).

Por isso em Cristo não deve existir nem “judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” (Gálatas 3.28).

Daí considerarmos o racismo mais que um pecado social, mais que mera questão de cultura. O racismo é uma heresia e das mais perniciosas, pois desobedece e distorce a Palavra de Deus quanto à irmandade de todos os homens enquanto empreende uma luta irracional em prol da superioridade de determinada raça.

Contudo, a Bíblia nos mostra o caminho para vivermos em harmonia não importando as diferenças, “pois para com Deus não há acepção de pessoas.” Romanos 2:11.

“Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas” Atos 10:34

Segundo, é que do ponto de vista jurídico não há respaldo para tal prática criminosa. O Dr. Eliézer de Mello Silveira que presta assistência jurídica ao Centro Apologético Cristão de Pesquisas – CACP, alerta para o fato de que “também a nossa Legislação Pátria (vide inciso XLII, do artigo 5º da Constituição Federal de 1988), atribui crime inafiançável a prática do racismo, sujeita à pena de prisão”. Mas durante muito tempo nossa legislação negligenciou essa questão, de maneira lenta o racismo passou de mera contravenção penal para crime imprescritível.

E por último, além das razões de cunho espirituais e legal acima expostas, o racismo deve ser repelido também por questão de lógica até: ora, inadmissível crer que se possa determinar, por exemplo, o grau de inteligência, a personalidade ou o seu caráter em razão de sua cor de pele ou nacionalidade. “Ora, desde quando caráter, inteligência, ou quaisquer tipos de valores é medido por intermédio de pigmentos enxertados na pele de um ser humano ou de sua etnia?”, acrescenta o advogado.

Segundo estudos recentes o genoma de um africano pode ter mais semelhanças com o de um norueguês do que com alguém de sua idade. A diferença entre as varias “raças” existentes varia entre 3% a 5%. Em outras palavras, as raças existem mais devido a fatores culturais que biológicos.


Racistas de Cristo: isso é possível?

"Nós, a Ku Klux Klan, reverentemente reconhecemos a majestade e supremacia de Jesus Cristo e reconhecemos sua bondade e divina providência. Erguemos nossos rostos para Deus nosso pai, reconhecendo que este país foi fundado como uma nação Branca sob seus propósitos tais como revelados na Sagrada Escritura." (Credo dos Cavaleiros da Ku Klux Klan do Texas.) (2)

Se é considerado errôneo e repugnante ver uma pessoa humilhar e rejeitar uma outra por considerar-se superior a ela, quanto mais terrível não seria ver tais pessoas tentando justificar esse procedimento apelando para fatores religiosos? A problemática espelha um verdadeiro paradoxo. Na verdade, uma contradição. Pois, com efeito, ninguém em sã consciência poderá dizer, ao menos sem causar embaraço, que embora sirva a Jesus Cristo, que pertence a uma denominação religiosa cristã, se sinta superior a uma pessoa em razão dessa pessoa ser de uma raça diferente da sua: ser negro, ser branco, ser japonês, ser índio, judeu, por exemplo.

Mas por incrível que pareça é essa a postura defendida pela seita conhecida como “Igreja Mundial do Criador”. A seita foi fundada em 1971 na Flórida por Ben Klassen, um ex-corretor de imóveis. É a organização racista que mais cresce nos EUA segundo o jornal The New York Times. Eles possuem um livro chamado “White Bible” (Bíblia Branca) onde pregam o ódio contra judeus e negros e defendem a supremacia da raça branca. Baseado nesta nefasta ideologia Benjamin Nathaniel Smith, membro ativo de extrema direita da seita que chegou a trocar seu nome para August Smith, porque considerava seu nome “excessivamente judeu”, assassinou 1 coreano, 5 judeus e 3 negros, por que os consideravam "pessoas sujas". A seita possui sites pela Internet onde chega até recrutar crianças para seu evangelho de horror.


Os negros nas garras das seitas

Entretanto, apesar da Bíblia, da lei e da lógica serem argumentos demasiadamente fortes contra esta prática pecaminosa, muitos que se dizem espelhar sua conduta na pessoa de Cristo, autodenominando-se “cristãos”, se sentem superiores a outrem por causa da “inferioridade” da cor ou da etnia alheia. Nos séculos passados a escravidão e o tráfico negreiro foram apenas conseqüência dos postulados religiosos da época. No Brasil colonial, dominado espiritualmente pela ordem religiosa dos Jesuítas, os negros não tiveram a mesma sorte que os índios, enquanto estes eram protegidos pelos religiosos (porque contam alguns, que na época, cria-se que os negros não tinham alma, portanto não poderiam praticar religião), aqueles não recebiam nenhum apoio formal da Igreja Católica quanto a isto.

Apesar das seitas advogarem hoje em dia uma ética racial diferente da que foi praticada no passado, nunca é demais mostrarmos o que estes grupos religiosos criam e ensinavam no início a respeito dos negros. É bom lembrarmos também, que enquanto mantinham esta postura preconceituosa (ainda que rebuscada de argumentos mil com o fito de camuflar suas idéias racistas), reivindicavam ao mesmo tempo (como se dá ainda hoje) ser, cada qual, o “único caminho de salvação” para o homem.


O que as seitas diziam sobre os negros?

Veja abaixo o preconceito racial que era pregado entre algumas seitas no início do movimento. Observe a terminologia discriminatória e as sutilezas fraseológicas com que eram empacotadas tais declarações:


1. Os Mórmons e sua teologia racista

“Devo dizer-vos qual é a lei de Deus com relação à raça africana? Se o homem que pertence à semente escolhida [mórmon] misturar seu sangue com a semente de Caim [negros], a penalidade, sob a lei de Deus, é a morte no local. ISSO SEMPRE SERÁ ASSIM.” (Brigham Young, Journal of Discourses [jornal de sermões], vol. 10, pág. 110)

“Vós vedes algumas classes da família humana que são pretas, incultas, indecentes, desagradáveis e baixas em seus hábitos, selvagens e aparentemente privadas de quase todas as bênçãos da inteligência que em geral são concedidas à humanidade...” (Joseph Fielding Smith, The Way to Perfection [O caminho para a perfeição, página 102]


2. Adventistas do Sétimo Dia: conselhos preconceituosos.

"Mas há uma objeção ao casamento da raça branca com a preta. Todos devem considerar que não têm o direito de trazer à sua prole aquilo que a coloca em desvantagem; não têm o direito de lhe dar como patrimônio hereditário uma condição que os sujeitariam a uma vida de humilhação. Os filhos desses casamentos mistos têm um sentimento de amargura para com os pais que lhes deram essa herança para toda a vida". ("Mensagens Escolhidas - vol.2" CPB, Sto. André, SP - 1985 págs. 343 e 344).

“Em resposta a indagações quanto à conveniência de casamento entre jovens cristãos de raças branca e preta, direi que nos princípios de minha obra esta pergunta me foi apresentada, e o esclarecimento que me foi dado da parte do Senhor foi que esse passo não deveria ser dado...Nenhuma animação deve ser dada a casamentos dessa espécie entre nosso povo...” ( op.cit.)


3. Testemunhas de Jeová. Negros: raça inferior criada por Jeová

"As raças negra e latina provavelmente sempre serão inclinadas à superstição." (Torre de Vigia de Sião de 1/4/1908, p. 99 - em inglês)

“...É verdade que a raça branca exibe algumas qualidades de superioridade sobre qualquer outra... há grandes diferenças na mesma família caucasiana... O segredo da maior inteligência e aptidão dos caucasianos, indubitavelmente é, em grande medida, para ser atribuído à mistura de sangue dentre seus diversos ramos; e isto foi evidentemente forçado em larga medida pelo controle divino.” (Torre de Vigia de Sião de 15/7/1902, p. 216 - em inglês)


4.Espíritismo: a reencarnação apóia o racismo


“Nascer, morrer, renascer é o trabalho continuo a que está sujeito o espírito, passando por todas essas transições, desde o tipo boçal ao gênio. Não importa saber quantos milhares de anos foram precisos para tomar as feições humanas, o tempo que demorou na raça indígena e Na Preta, Até Chegar À Branca, e nem as várias nacionalidades que adotou na sua trajetória...” (Contribuições para o Espiritismo, Alexandre Dias, 2 ed., Rio de Janeiro, 1950, pg. 19) (conferir Allan Kardec, O que é o Espiritismo, Edição da Federação Espírita Brasileira, Brasília, 32a edição, sem data, pp. 206-207)


Deus não tolera o racismo

O espírito kukluxKlaniano desses grupos acima demonstram a falta de conhecimento bíblico de seus líderes, pois se lessem as Escrituras Sagradas encontrariam várias citações contra o preconceito racial como por exemplo: “Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.” Tiago 2:1. Com isto na mente e no coração, jamais teriam cometido esse pecado. Sabendo que muitos da raça negra tiveram participação importante no desenrolar da história bíblica, tais como: Simão o Cirineu, a Rainha de Sabá, o Eunuco etíope, Simão o Níger, Lúcio, líder da igreja em Antioquia. Na história da Igreja Cristã destaque para os mestres negros Tertuliano, Orígenes, Atanásio, Agostinho e outros.

Mas então por que o racismo achou guarida dentro da igreja? Segundo o pastor e sociólogo Paulo de Souza Oliveira uma das razões que levou a essa teologia racista foi devido “...à ganância das nações Européias que lotearam, entre si, o continente africano e desenvolveram uma doutrina poligenista, que advoga o surgimento de casais diferentes. Ensinavam que negros e Asiáticos não descendiam de Adão e Eva...” (4)

Conclusão
Já dizia Jacques d´Adesky, “Na luta contra o racismo, o silêncio é omissão”. Mas só isto não basta, é preciso mais.É necessário mais que denúncia, é preciso conscientização, sobretudo bíblica. O racismo não pode subsistir numa sociedade humana, pois é herético do ponto de vista bíblico; irracional do ponto de vista lógico; e do ponto de vista ético: imoral, maldoso e desumano. Devemos afastar essa falsa idéia de supremacia racial em detrimento das demais pessoas só porque são diferentes. Não podemos ser coniventes com isso. Definitivamente, Deus não tolera o racismo. Se há aqueles que ainda persistem nessa idéia, sugiro que olha para o Evangelho, pois se existe uma raça superior ela se encontra em Deus, pois só Ele é superior. É necessário voltarmos nossa mente e ideais para Jesus Cristo. Ora, diz a Bíblia que àquele que está em Cristo é nova criatura; pois em Cristo tudo se faz novo, tudo se iguala: o negro e o branco, o escravo e o livre o judeu e o gentio, todos são um só em Cristo Jesus. O verdadeiro Cristianismo é isso: igualdade entre nós.

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Notas de Referências

(1) Declaração sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, ONU, 1963.

(2) texasknights.com

(3) Jornal “O Alerta” ano I vol. II (CACP)

(4) Revista Defesa da Fé nº 64

*(Um filme esclarecedor sobre o assunto é “Uma outra História Americana”)

by Gutemberg de Moura


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